3rd April 1960 - Atlântida's 'Titio não é sopa' opens in 17 movie houses in Rio de Janeiro-DF.
Eliana, Procópio Ferreira, Herval Rossano e Ronaldo Lupo.
a filha adotiva entra no esquemão de Paulo (Herval) mais que depressa, para poder se apresentar como cantora na boite do namorado embrulhão.
a filha adotiva entra no esquemão de Paulo (Herval) mais que depressa, para poder se apresentar como cantora na boite do namorado embrulhão.
Titio Não é Sopa - 1960
Procópio Ferreira (Gregorio)
Eliana Macedo (Verinha, enteada do titio, que herdará metade da fortuna)
Herval Rossano (Paulo de Almeida Rios, sobrinho herdeiro da outra metade da fortuna)
Ronaldo Lupo (Luiz, acaba se tornando mordomo-de-araque)
Nancy Montez (July, co-proprietária da boite 'Casablanca'; vigarista)
Zélia Guimarães (Isaltina, empregada da casa)
Afonso Stuart (Amaro, dono da casa, que acaba sendo cozinheiro-de-araque)
Delfim Gomes (pedreiro da obra da fabrica de biscoitos, 'disfarçada' de asilo)
Grace Moema (Emengarda)
Sônia Morais (Aurora)
José Policena (engenheiro da fábrica de biscoitos)
Rafael de Carvalho (Azevedo)
Paulo de Carvalho (Gaspar)
Grijó Sobrinho (o vizinho)
Angelito Mello (Paranhos)
Azelita Ivantes (Beatriz)
Luiz Mazzei (garçom)
Chiquinho (garçom)
Wilson Grey (detetive contratado pelo tio)
Nancy Montez (Julie) e Herval são sócios da boite Casablanca.
83 min.
Altântida Cinematográfica & Cinedistri
direção: Eurides Ramos
roteiro: Eurides Ramos e Victor Lima
música: Radamés Gnatalli e Vicente Paiva
produção: Oswaldo Massaini e Cinedistri
assistente de produção: João Macedo
coreografia: Helba Nogueira
Procópio Ferreira, Ronaldo Lupo e Afonso Stuart ... muita confusão.
Ronaldo Lupo, Herval Rossano e Nancy Montez... muita vigarice e confusão.
Verinha (Eliana) dá uma surra na Julí, numa das melhores cenas de briga feminina que já assisti no cinema nacional.
Ronaldo Lupo, Herval Rossano e Nancy Montez... muita vigarice e confusão.
Verinha (Eliana) dá uma surra na Julí, numa das melhores cenas de briga feminina que já assisti no cinema nacional.
Números musicais:
"Quero beijar-te as mãos" guarania (Arcênio de Carvalho e Lourival Faissal) com Anísio Silva
"Mamãe eu quero" fantasia (Jararaca - Arranjo de Vicente Paiva e José Calazans, com orquestração de Pachequinho) com Eliana Macedo
"Baiano burro nasce morto" (Waldeck Artur de Macedo) com Gordurinha e Mário Tupinambás.
Anísio Silva canta 'Quero beijar-te as mãos', o disco mais vendido de 1959.
Eliana, a filha adotiva, Herval Rossano, o sobrinho malandro, titio disfarçado de norte-americano, o sogro do Luiz [Ronaldo Lupo] e o próprio vigarista disfarçado de mordomo numa farsa das mais engraçadas.
Em 1959 o Brasil vivia quase que um sonho. Vivíamos a esperança do amanhã feliz, tendo ganhado a Copa do Mundo de Futebol em 1958, e nossa parada de sucesso sendo das mais interessantes do mundo. O cinema nacional vivia quase que um apogeu pré-cinema-novo. Eliana estrelava em mais uma comédia junto agora de Herval Rossano, o galã mais atraente do momento, tanto que foi amante de Bibi Ferreira, Sylvia Telles e muitas outras divas. Além de Herval tínhamos o Ronaldo Lupo, que não era de se jogar fora.
A farsa é das mais inconsequentes, mas com tudo para dar certo. Tio Gregória vem lá do interior visitar o sobrinho Paulo, com o qual ele deixou a incumbência de construir um abrigo para velhinhos. Paulo, que é pistonista, está de amores com July, uma vigarista da noite, e acaba comprando uma boite [Casablanca] com ela, onde ele próprio se apresenta todas as noites.
No final, o velho descobre toda a trama, finge-se de empresario norte-americano que quer comprar a boite. Justo nessa noite, sua querida enteada estréia no night club... e o número apresentado é, talvez, um dos mais bem elaborados do cinema nacional. Uma fantasia inspirada em 'Mamãe eu quero', de Jararaca, com um arranjo sensacional de Vicente Paiva e José Calazans, e orquestração do maestro Pachequinho. Eliana canta ao lado de um clarinetista vindo direto de filme hollywoodiano; um pistonista dos mais eróticos, um contra-baixista que sabe mexer com suas cordas. Um número musical do mais sensual possivel... tudo alí exala testosterona misturado com a estrogerona da Eliana, numa saia mais mini que a da Mary Quant. O final do número mostra um Herval Rossano soprando um piston e querendo alcançar um climax, que mais parece um orgasmo... quando ele, enfim, consegue atingir a nota mais alta ... uma das moças desmaia. Não sei como esse número musical não se tornou um clássico instantâneo. Se fôssemos norte-americanos, certamente teria entrado para o hall dos clássicos eternos.
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