Vera Nunes fazia um mocinha não muito diferente de Deanna Durbin sans-le-voix.
'Suzana e o Presidente', produção de 1951, da Companhia Cinematográfica Maristela, com seus estúdios no bairro do Jacanã, em São Paulo.
produção & direção: Ruggero Jacobbi
roteiro: Gino De Santis, Ruggero Jacobbi e Alfredo Palácios
Nota-se que os italianos predominavam na produção, além de aparecerem como atores (Otelo Zeloni quando ainda precisava ser dublado, pois não falava quase nada de português) e personagens (Arrelia faz um italiano com sotaque forte).
Nitidamente feito seguindo os preceitos básicos de Hollywood, com uma mocinha simpática (Vera Nunes) calcada na imagem de Deanna Durbin; um herói atlético (Orlando Villar) que não deixa nada a dever aos melhores jogadores de rugby norte-americanos, inclusive com uma cena de chuveiro onde ele pode mostrar seu porte másculo.
Politicamente incorretíssimo, a personagem Suzana, quando procurando emprego, levanta a barra da saia, acaricia as pernas e abre o zipper da frente, numa tentativa de mostrar os seios para o futuro empregador. Tal comportamento só seria justificado em filmes pornográficos nos dias de hoje.
17 July 1951 - Tuesday - Correio Paulistano announces 'Suzana e o Presidente' for Thursday, 19 July 1951.
17 July 1951 - Tuesday - Correio Paulistano announces 'Suzana e o Presidente' for Thursday, 19 July 1951.
Orlando Villar, o presidente, mostrando seu physique em cena de chuveiro.
Vera Nunes (Suzana)
Orlando Villar (Roberto)
Arrelia
Jaime Barcelos
Leônidas da Silva
Luciano Gregory
Otelo Zeloni
Leila Parisi
Armando Couto
Diná Lisboa
Xandó Batista
Zilá Maria
Benedito Corsi
Margot Bittencourt
Leonidas da Silva, o famoso jogador de futebol faz papel dele mesmo... A presença dele no filme é quase que injustificada. Leonidas, na verdade 'descola' um emprêgo na firma, mas 'mata hora', lendo jornal com os pés apoiados na escrivaninha. Comportamento não muito ético para os dias de hoje.
Vera Nunes lembra Jean Arthur e Otelo Zeloni de cabelos. Zeloni é dublado no produto final.
Arrelia faz um italiano que canta tenor e soprano nos finais de semana... O número não convence. Logo em seguida um conjunto de chorinho acompanha uma cantora de voz agradável.
Vera Nunes & Orlando Villar.
Maristela não era MGM e o Jacanã não era Hollywood, mas fazia o que podia para emular os yankees.
Jaçanã studios working at full throtle...factory of illusion... Jaçanã, São Paulo, 1951.
Será que ainda existem cópias desse filme? Esse é um dos que eu gostaria de assistir, assim como O Craque, da mesma Maristela...
ReplyDeleteEdson Mendes
Olá, Edson, embora bastante atrasado, aqui vai minha resposta. Existem cópias desse filme, pois eu o vi na TV Cultura ha menos de 2 anos. Eu só posto filmes que tenha acabado de ver - geralmente na TV Cultura ou na TV Justiça... Agora faz tempo que não assisto nenhum... é por isso que parei com minhas postagens. Abraços, Luiz Carlus Maximus ou Lulu Maximus
DeleteEdson semana que vem dia 06/04/2014 este filme vai ser apresentado na cultura as 15hs. De uma olhada na grade pra confirnar.
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